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É agora… ou nunca, Marian Keyes

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  • Início: 01/07/2015
  • Fim: 13/07/2015
  • Tempo de leitura: 13 dias
  • Diários de leitura: 17, 18, 21, 24, 25, 26, 28 e 29

O primeiro livro que li da Marian Keyes foi Casório. Não lembro nada da história, lembro apenas que não gostei. Achei chato e previsível. Tão chato que, contrariando meus instintos acumuladores de livros, mandei ele embora em uma das “faxinas na estante”.

Mas, como comentei no primeiro diário de leitura do livro, uma amiga muito querida (oi Valzinha!) me emprestou É agora… ou nunca e resolvi dar uma nova chance à autora. No fim foi bom que fiz isso porque achei o livro muito bom 🙂

#spoileralert

O livro conta a história de três amigos, Katherine, Tara e Fintam, todos com seus “trinta e poucos anos” e vivendo seus dilemas amorosos. Na verdade, Tara e Katherine estão vivendo seus dilemas amorosos. Fintam, bem resolvido no amor, tem algo mais sério a enfrentar: o câncer.

Katherine é mais certinha dos três, não se envolve fácil com ninguém e mora em um apartamento perfeitamente limpo e organizado. Tara é a mulher que não consegue viver sem ter alguém, vive em constante luta com a balança e gasta muito mais do que deveria. No início, Fintam é o amigo homossexual bem resolvido das duas. Depois, passa a ser o amigo homossexual com câncer rabugento das duas. Ou seja, achei que ele não ganhou muita importância no livro, parecia que estava lá apenas para ficar doente e provocar a mudança na vida das amigas.

E como ele fez isso? Exigindo – e usando a possibilidade de sua morte para chantageá-las – que as duas tomassem atitudes drásticas em suas vidas amorosas: Katherine deveria convidar um colega de trabalho que a estava paquerando para sair, Tara deveria largar seu namorado traste que só fazia tratá-la mal. O que acontece na sequência fica para quem resolver o livro…

Desde o começo achei a Katherine meio chata e me identifiquei muito com a Tara. A relação dela com a comida é simplesmente hilária – mas só faz sentido para quem já passou por algo parecido. Em uma das cenas, ela come um pacote de pão de fatia no café da manhã, só quem já teve esse impulso de “devorar até as paredes” sabe como é. Ri muito com as loucuras dela e com as conversas com os colegas de trabalho, principalmente o Ravi. Fiquei muito indignada com as atitudes do Thomas e torcendo para ela dar logo um pé na bunda dele.

O livro é um chick-lit engraçado e leve, mesmo tendo nele uma ou outra lição importante. A luta de Fintam contra o câncer e suas mudanças de humor, a indecisão de Tara em largar um relacionamento cômodo e arriscar começar de novo, a tentativa de Katherine de deixar seus traumas do passado e buscar a felicidade com alguém… Sofremos e amadurecemos com os personagens e o final nos dá a esperança de que “tudo vai ficar bem”.